Guedes sugere extensão do auxílio emergencial caso pandemia se prolongue.
- Uol Economia - O DIA
- 12 de mar. de 2021
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Reuters
Gabriel Ponte 12/03/2021 21h22
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira que, caso os impactos econômicos e sanitários da pandemia da Covid-19 persistam por mais tempo do que o período abarcado pela nova rodada de auxílio emergencial, de quatro meses, o governo terá de examinar novamente eventual extensão do benefício concedido aos mais vulneráveis.
"O auxílio emergencial é para a pandemia. Se a pandemia continuar conosco, aí nós temos que falar de novo de auxílio emergencial lá na frente. Mas se a pandemia for embora, acaba o auxílio emergencial, e quem está no Bolsa Família volta, talvez não mais para o Bolsa Família, e, sim, para o Renda Brasil", disse Guedes em videoconferência promovida pelo Jota. A aprovação da PEC Emergencial em segundo turno na Câmara dos Deputados, ocorrida na quinta-feira, abriu caminho para a concessão do benefício, em um montante de até 44 bilhões de reais, por fora das regras fiscais.
O presidente Jair Bolsonaro já disse que a ajuda mensal terá valor médio de 250 reais e que será paga por quatro meses. A sessão conjunta para promulgar a PEC ocorrerá na próxima segunda-feira. Guedes também disse que "possivelmente" os primeiros pagamentos dessa nova rodada do auxílio saiam no início do mês de abril, sendo referentes a março.
Nesta semana, os mercados financeiros reagiram a notícias sobre a possibilidade de extensão do coronavoucher para além de quatro meses. O ministro da Economia também afirmou nesta sexta acreditar na aprovação da reforma administrativa, mencionando "ter confiança nesse ímpeto reformista do Congresso". Ele disse ainda que a reforma tributária "tem que ser feita neste ano", mencionando as diferentes fases da proposta do governo.
"Nós vamos conversar com a proposta que está lá, do Baleia Rossi (Câmara), vamos conversar com a proposta do (Luiz Carlos) Hauly, do Senado, mas vamos conversar devagar, assunto por assunto, em vez de jogar tudo lá e virar uma caixa-preta e sair uma coisa que não reflita a filosofia do governo", disse Guedes, ao fazer referências a outras propostas para a reforma tributária que tramitam no Congresso.
O Congresso Nacional discute, em uma comissão mista, duas PECs que tratam da reforma tributária. O governo, por sua vez, encaminhou uma contribuição ao tema, um projeto de lei que cria a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) a partir da unificação do PIS e do Cofins em um único imposto sobre valor agregado (IVA).
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