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O Brasil precisa comemorar as conquistas do Plano Real

  • Folha de Londrina
  • 20 de fev. de 2024
  • 2 min de leitura

Nos meus 50 anos de vida pública tive a oportunidade de atuar em momentos

decisivos da vida nacional. Além da aprovação recente da Reforma Tributária,

destaco também a criação do Simples e do MEI – Microempreendedor Individual – e

a importância decisiva, há 30 anos, da luta pela implantação do Plano Real.


Como deputado e economista, defendi com tanta intensidade esse projeto que veio para

estancar a hiperinflação e dar ao País estabilidade econômica que acabei sendo

esmurrado por um parlamentar petista. Guardo na memória essa agressão como uma

condecoração de batalha, pois tinha certeza de que estava lutando pelo bem do

Brasil.


Para quem não viveu aquele período e nem faz ideia do que era a hiperinflação, é

importante lembrar que no final dos anos 80 e início dos anos 90 a inflação anual

chegou a ultrapassar 2.500%. Então, no governo do presidente Itamar Franco, em

1994, quando o ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso (liderando

brilhantes economistas) lançou as bases do Plano Real, imediatamente abracei a

defesa dessa causa, acreditando que seria a redenção econômica do Brasil, como de

fato aconteceu.


Inédita, a engenharia econômica que foi arquitetada para a criar a nova moeda era de

difícil compreensão. O processo começou com a criação da Unidade Real de Valor

(URV) que estipulava os valores referenciais para a conversão do cruzeiro real para o

real. Aproveitando-se desse momento inicial quando era era natural ocorrer

questionamentos, já que muitos outros planos econômicos haviam fracassado, os

líderes do PT não cansavam de denunciar que era apenas mais um projeto eleitoreiro.


À medida que os resultados positivos começaram a aparecer, as críticas alopradas da

oposição começaram a ficar sem efeito. A inflação é um imposto perverso, ela corrói

o salário do trabalhador, diminui o poder de compra das famílias e transforma num

manicômio o planejamento econômico das pessoas, das empresas e dos governos.


Vou citar apenas um dado para comparar a importância do Plano Real: em 1993,

segundo dados oficiais do governo, a inflação atingiu 2.477%; em 2023, 30 anos

depois, a inflação anual fechou em um pouco mais de 4%. A absurda diferença entre

a inflação de 1993 e a de 2023 mostra, de forma muito clara, a enorme contribuição

que o Plano Real deu para o Brasil ao garantir a estabilização monetária, o controle

da inflação e um ambiente equilibrado que permitiu a expansão dos negócios no

País.


Três décadas depois, a eficácia desse projeto tem sido extremamente benéfica.

Felizmente, a população brasileira ainda hoje valoriza a importância do Plano Real.

Pesquisa recente divulgada pelo Observatório Febraban revela que, 71% dos

brasileiros reconhecem que “o Plano Real continua importante, pois lançou as bases

para uma economia mais sólida e estável”.


Como propositor em 1991 do projeto pioneiro aprovado recentemente no

Congresso, acredito que a Reforma Tributária irá proporcionar um outro grande salto

no avanço da economia brasileira. Aliás, após a adoção da Reforma Tributária, o

Brasil terá uma outra economia. Nas diversas palestras que ministrei e nas reuniões

com embaixadores de outros países, eles garantiram que a modernização do sistema

tributário será o ponto decisivo para que os grandes grupos estrangeiros venham a

investir pesado no Brasil. É só uma questão de tempo.


Luiz Carlos Hauly é deputado federal e economista tributário

Fonte: Folha de Londrina/Podemos

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